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Ambiguidade na inovação

Pessoas constituem as organizações. Se esta premissa é verdadeira, as empresas tem a cultura que este grupo imprime. E as pessoas como bem sabemos, são seres ambíguos. A ambivalência é constituinte da existência humana, como bem desenvolveu Freud ao longo da sua obra. 



É este recorte sobre a ambiguidade que gostaria de desenvolver aqui. Muito se fala sobre o valor da inovação nas empresas. Ecossistemas, industria 4.0, startups, metodologia agile, entre outros temas que fomentam com força a necessidade de trabalhar de formas diferentes e disruptivas. 


Entretanto, ao mesmo tempo que o discurso vigente foca em inovação e acolhimento da diversidade, as empresas tendem a criam códigos de valores e proposições que nivelam todos num mesmo patamar. Ou seja, precisamos pensar diferentes, mas queremos ser iguais. A empresa busca um exercito de iguais ao mesmo tempo que prega diversidade. Ambíguo isso não?


E esta é justamente é uma armadilha perigosa que a organização cria para si: ao fomentar um padrão de existência de igualdade rompe com o pacto da diferença. Pois é no acolher do diferente que as ideias nascem, nutrem e transformam negócios. 

E você, está pronto a acolher o diferente ao redor de si?

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