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A dobra pulsional


A mulher que consegue romper com o relacionamento. O executivo que consegue decidir sair da empresa para empreender. O filho que compreende que os pais não são seus algozes, são apenas produto de sua própria história. O jovem que consegue entrar no avião sem entrar em pânico. A profissional que consegue manejar sua auto exigência com suas entregas de trabalho. O homem que consegue enfrentar o conflito. O irmão que consegue dizer não. A filha que consegue acolher o outro. A mulher que consegue incluir um homem na sua vida. O homem que assume a sua sexualidade.


Cenas potentes, todas elas. Essas e outras mais acontecem não por acaso. São conquistadas a partir de muito trabalho. Trabalho adquirido a partir do revisitar a sua própria história, identificar os entraves e suas repetições. Lançar luz sobre elas. Digerir, dar-se a oportunidade de estranhar-se e então conseguir avaliar e agir. Uma das coisas mais lindas no processo psicanalítico é este, quando conquistamos a alegria de agir a partir da dimensão pulsional. Para esta a única aliança válida é a singularidade, a diferença absoluta.


E quando se consegue agir a partir do exercício pulsional, ai fazemos a dobra. Esta sim promove deslocamento, nos coloca em outra perspectiva. Esse é o movimento da restauração da potência que a psicanálise proporciona. Recomendo a todos.


📷 by Валерия @unsplash

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